Corumbaíba: Juízes que atuam no Programa Acelerar decidem casos emocionantes

Antes mesmo da abertura do Fórum de Corumbaíba, por volta das 7h30, dezenas de pessoas já aguardavam a chegada da equipe do Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), composta de quatro juízes, um perito médico e dez servidores do Poder Judiciário. Estiveram agendados 41 processos para realização de audiências, que aconteceram até as 18 horas de ontem (25).

Entre as inúmeras pessoas que chegaram cedo ao fórum, estava Sebastião Carlos da Costa, de 71 anos. A paciência do aposentado contrastava com a triste história que o levava ao fórum. Sebastião representava o neto, de 10 anos. O menino ficou órfão. O pai foi assassinado há dois anos no município de Marzargão, e a mãe, filha de Sebastião, morreu vítima de câncer, em janeiro de 2014. Desde então, os avós cuidam da criança. 

Ao ouvir a decisão favorável para concessão do benefício de pensão por morte, proferida pelo juiz Fernando Ribeiro de Oliveira, em audiência, o avô desabafou: ”Este dinheiro vai ajudar no estudo, com livros, material escolar e umas roupinhas novas. O que sobrar, vai para uma poupança para garantir o futuro dele. Graças a Deus ele é um menino meigo e muito estudioso. Perdemos nossos filhos, mas ficou ele. Deus sabe o que faz”, falou o avô com os olhos lacrimejando. Já em casa, numa moradia simples na cidade de Corumbaíba, Sebastião deu a notícia para a companheira, Geralda de Souza da Costa, casados há 45 anos. Geralda chamou o neto e juntos ficaram todos abraçados por um longo período, sem frases e sem mágoas.

Outra audiência que emocionou todos os presentes foi a de Eci Rodrigues de Souza, de 55 anos. Ela trabalhava como doméstica até 2011, quando começou a sofrer fortes dores no quadril, e a partir daí, não pode mais exercer qualquer atividade. A doméstica chegou ao fórum apoiada num andador e com as pernas completamente inchadas. Levada até a sala da perícia médica, o médico Warley Lincon de Oliveira, atestou no laudo, que Eci sofria de coxoartrose quadril bilateral (processo degenerativo das cartilagens no quadril), diabetes tipo 2, com complicações periféricas, concluindo pela incapacidade total e permanente para o labor. Já em audiência, Eci, chorou ao saber da decisão favorável da juíza Luciana Nascimento Silva, que concedeu o Amparo Social ao Portador de Deficiência, no valor de um salário mínimo por mês.

Com a voz embargada, Eci afirma que ela e uma neta que fica aos seus cuidados estão vivendo com a ajuda dos vizinhos e alguns familiares, que muitas vezes, passa noites chorando de dor, por não ter os remédios, e que agora, abre uma janela para melhorar um pouco mais a vida. Ela disse que até sonha em poder ajudar a neta nos estudos, já que está prestes a prestar o vestibular e pensa em se formar em medicina para ajudar a avó.

Para o advogado Gildomar Rezende da Rocha Júnior, que atua nas cidades de Corumbaíba e Caldas Novas, o Programa Acelerar vem dando uma grande contribuição no sentido de acelerar a prestação jurisdicional, tornando a justiça efetiva. “O programa é altamente positivo”, afirmou.

Atuaram no Programa Acelerar Previdenciário de Caldas Novas os juízes Fernando Ribeiro de Oliveira, Luciana Nascimento Silva, Marli de Fátima Naves e Roberta Wolpp Gonçalves e na perícia médica, Warley Lincon de Oliveira. (Texto e fotos: Wagner Soares – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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