Em entrevista ao Brasil Urgente, José Eliton ataca impunidade

“É lamentável que suspeitos de crimes graves sejam postos em liberdade”, disse na última segunda-feira (11/7) o vice-governador e titular da SSPAP ao programa Brasil Urgente, da Bandeirantes, que tem como âncora Joel Datena.

Durante a entrevista, José Eliton criticou decisão do Judiciário, que soltou em menos de 24h, o caseiro Brunno Vieira de Sousa, filho do homem que roubou a arma e matou um sargento durante tiroteio no distrito de Itacaiu, no município de Britânia.

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária relatou que “é lamentável que suspeitos de crimes graves sejam postos em liberdade, colocando em risco a vida da população”. A afirmativa foi feita durante entrevista em rede nacional para o programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, na tarde desta segunda-feira (11/07).

Durante a edição do programa, apresentado pelo âncora Joel Datena, José Eliton foi perguntado sobre detalhes do crime ocorrido no distrito de Itacaiu, no município de Britânia, no Oeste goiano, quando o sargento Uires Alves da Silva, de 45 anos, foi morto. Neste domingo, ele e o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, Coronel Divino Alves, acompanharam o velório e sepultamento do policial, ocorrido em Jussara.

Sobre o ocorrido, José Eliton lamentou profundamente que caseiro Brunno Vieira de Sousa, de 29 anos, filho de Ismael Pereira de Sousa, 49 anos, que roubou a arma e matou o sargento durante a ocorrência, tenha sido solto pelo Poder Judiciário menos de 24 horas após o assassinato. “É preciso que a sociedade brasileira se levante em relação a isso”, disse ao condenar a impunidade.

José Eliton classificou como covarde a ação do pai caseiro Brunno, que sacou a arma da cintura do PM e efetuou vários disparos contra o sargento. Durante a confusão Ismael Pereira também foi morto.

O titular da SSPAP lembra que as forças policiais atuam “na defesa da sociedade, sob a delegação do Estado, e como tal devem ser protegidas”, afirma ao pontuar que, em Goiás, foram criadas medidas de proteção aos profissionais de segurança pública, como o auxílio jurídico para homens e mulheres que se envolverem em conflitos no exercício de suas atividades.

Questionado sobre apoio do Estado aos familiares do sargento, ele reafirmou que as famílias dos policiais vítimas da tragédia contam com a assistência do Estado. “Oferecemos todo o amparo não somente aos parentes do sargento Uires, mas também do outro policial, soldado Hélio Bezerra de Souza, ferido durante o conflito”, relatou o titular da SSPAP.

Relembre o caso
Sargento Uires e o soldado Hélio Bezerra de Souza saíram em atendimento após denúncia de perturbação da ordem em decorrência de uma festa que ocorria no distrito de Itacaiu. Chegando no local, os policiais tentaram dar fim a uma confusão e levar Brunno Vieira de Sousa para a delegacia. Durante o conflito, o pai do suspeito sacou a arma da cintura do sargento e efetuou vários disparos.

No embate, o atirador foi baleado e morreu. O soldado Hélio Bezerra de Souza, que também acabou ferido, recebeu atendimento no Hugol, em Goiânia, não corre risco de morte e deve receber alta nos próximos dias. Em menos de um dia do ocorrido, Brunno foi solto e aguarda as investigações do caso em liberdade.

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