O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu um decreto presidencial nesta segunda-feira declarando a Venezuela uma “ameaça à segurança nacional”, impondo sanções a sete pessoas e expressando preocupação sobre o tratamento do governo venezuelano com opositores políticos. “Autoridades venezuelanas do passado e do presente que violam os direitos humanos de cidadãos venezuelanos e se envolvem em atos de corrupção não são bem-vindos aqui, e agora nós temos as ferramentas para bloquear seus bens e seu uso dos sistemas financeiros dos EUA”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
A Casa Branca está “profundamente preocupada com a escalada da intimidação contra a oposição promovida pelo governo venezuelano”, disse Earnest. Os EUA também acreditam que os graves problemas econômicos do país “não podem ser resolvidos através da criminalização dos dissidentes”.
Os funcionários do governo venezuelano que foram sancionados terão seus ativos e bens em território americano congelado, e não serão autorizados a viajar para os Estados Unidos. Os cidadãos americanos estão proibidos de fazer negócios com essas pessoas. O grupo inclui:os generais Miguel Alcides Vivas e Antonio José Benavides; Manuel Gregorio Bernal (ex-diretor do serviço de inteligência venezuelano), Gustavo Enrique González López (diretor-geral do serviço de inteligência venezuelano), a promotora Katherine Nayarith Haringhton Padrón, Justo José Noguera (presidente da empresa estatal CVG) e Manuel Eduardo Pérez Urdaneta (diretor da Polícia Nacional Bolivariana).
Atravessando uma grave crise econômica, política e social, o governo liderado pelo presidente Nicolás Maduro acusa a oposição de estar tramando um golpe de Estado com o apoio dos Estados Unidos e da Colômbia. A popularidade em queda livre Maduro coincide com a volta da violência contra civis, das manifestações contra seu governo e a queda dos preços do petróleo. Tudo isso acontece a poucos meses das eleições legislativas, que, pela primeira vez em muitos anos, o chavismo pode perder, mesmo com a oposição desarticulada.
(Da redação Veja)