Palavras e responsabilidade

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Para abrir essa nova coluna no Portal ZYO, resolvi apresentar um “mea culpa”.

Fui instigado, cutucado e mesmo cobrado por uma grande e próxima amiga a falar. Da mesma forma, o Prefeito Evandro Magal, meu amigo também e titular da gestão a qual eu colaboro, também me veio com o pedido.

Bem, realmente ando calado. Muito longe do Léo Lib que “tocou o terror” com suas crônicas criticando a gestão anterior, que recebeu prêmios pelos textos e que adquiriu uma legião de admiradores e outro tanto de desafetos.

Ora direis, perdeste a pegada? Por certo, adquiri o senso. Mas, quem como quem faz a fama acaba por deitar na cama, passei por uma reflexão de 30 segundos antes de abrir o editor de textos.

Então resolvi falar. Tentar retomar a linha. Mas com responsabilidade. A responsabilidade de tentar não expor pessoas, famílias, filhos, vida pessoal. A responsabilidade de não expor a baixaria que todos temos em algum momento da vida, como fator determinante do caráter.

Criticar por crônicas, erros e pseudo-acertos é expor atos ao ridículo, e não pessoas. Essa linha assumi e pretendo manter.

A facilidade de se chegar em rede social e soltar factóide denegrindo alguma imagem, ou revertendo (convertendo) a verdade em ataque, é imediatamente proporcional a dificuldade do acusador de apresentar soluções.

Ajudar a pensar. Essa é a meta. E a dificuldade.

Muitas das vezes a ofensa proferida, seja em âmbito municipal, estadual ou mesmo federal, pra quem respira política 24 horas, como eu, acaba por se transformar de pedra a bumerangue… e dói, menino… quando bate dói…

Infelizmente algumas pessoas se comportam na política como meninos colegiais que arrumam rixa na hora do recreio e decretam: “Te pego lá fora”.

Daí, uma população inteira de “alunos” faz a rodinha quando bate o sino, vêem os dois se encarando, colocam a mão no meio e decretam: “Cospe aqui quem for homem”…

Esses são os fomentadores da desgraça. Pessoas sem conhecimento, cidadãos comuns que se travestem de juízes de UFC, parciais é claro, e passam a “aplicar as regras… vale dedo no olho, chute no saco só se o chute for do mais fraco, não vale xingar a mãe”…

Rede social então… palanque BBB virtual. Todo o tipo de baixaria. Com cenas de sexo e perversão sem censura.

Pois bem, tenho uma notícia, decidam se é boa ou má; independente da baixaria, dos fakes e de denúncias factóides em rede social, quem está por baixo continuará por baixo e quem está por cima continuará por cima.

Quem vai pra rede social denunciar é porque não tem como provar para denunciar no ministério público. Essa denúncia sim, vale. O resto é fofoca. Ou como diria políticos escolados, “intriga da oposição”.

E como tem fofoca, menino.

Algumas que eu vi que são fantásticas, dignas do FEBEAPÁ – festival de besteira que assola o país, do inesquecível Stanislaw Ponte Preta, na verdade Sérgio Porto, meu “muso inspirador”, que assumiu o pseudônimo da mesma forma que eu, que me chamo Marcello e criei o Léo Lib como nome para assinar. Até porque meu nome é grande pra caramba e não sonoriza bem na hora de receber o “Oscar de melhor roteiro adaptado”. E nunca fiz segredos disso.

Mas voltando ao FEBEAPÁ, olha só: “Fulano pegou tanto do dinheiro DELE e foi pra loja e gastou comprando para um aparentado seu”. Caracas!!! Se fosse o meu eu estaria preocupado. Era o DELE. Tá querendo dizer o que com isso? Que houve desvio de dinheiro público? Gente fina, não é uma determinada quantia suficiente pra gastar numa boutique que alguém desviaria… Seria algo tipo petrolão, mensalão. De outra forma é burrice. E acredito que as pessoas são mais inteligentes que isso.

Ou seja, a nobre arte de fofocar. Sim, aquilo que você despreza com todas as suas forças, mas que pratica com toda a sua alma, dentro da rede social.

Mas enfim, quero evitar isso nos meus textos. Até porque, atrás de todo homem público existem pais, mães, filhos, esposas, irmãos. E para atingir alguém com uma baixaria, estaria batendo no amor próprio de toda uma família, de seres humanos, de pessoas inocentes, ou nem tanto, mas até que se prove o contrário…

Aí, já to vendo gente dizer: “Tá defendendo o Magal! Tá defendendo Marquinho e Magda! É ASPONE”.

Não gente fina, finge que a prefeitura não existe. Agora volte lá no inicio e leia o texto todo pensando no governo do estado. Depois, finja que o governo do estado não existe, e volte lendo o texto novamente pensando no governo federal. Encaixou também né? E olha que eu sou radicalmente contra o PT, acho a Dilma uma péssima presidente, mas não quero me dirigir a ela com pejorativos “lugar comum”, até porque eu vi a cena dela correndo atrás do netinho no Palácio, e aquela inocência, aquele sorriso daquela criança “dando baile” na vovó não pode ser maculado por pejorativos sem propósito. O que eu penso dela, até nos xingamentos, eu solto em rodas estreitas de amigos. Não em público para denegrir.

Então voltamos ao meu silêncio de dois anos. Se eu não tiver uma solução, melhor não criticar né? Fica inócuo. Daí, prefiro arregaçar as mangas e fazer a minha parte.

Agora, as crônicas vão sair. Se tiver que falar de uma má solução, de Dilma, Aécio, Marconi, Iris, Renan Calheiros, Lula, Magal, Magda, Marquinho, Arlindo Ceará, Silio Junqueira, Zé das Couves e até de mim mesmo, eu vou zoar. Mas todos os citados e até os não citados (tem gente que já falei tanto o nome, algumas colocações até me arrependo, que não cito mais… deixo os “mortos” descansarem em paz… huahuahauah… eu tinha que te cutucar né brother? Fazer o que, eu só existo por sua causa, meu caro ex-prefeito) podem ter certeza de uma coisa, quando for fazer humor em cima de algum ato, vou antes de tudo, me preocupar em preservar a imagem de pai, de filho, de irmão, de avô, avó, marido, esposa, enfim, vou zoar o vacilo, nunca a pessoa, até porque com essa proximidade com o poder municipal, aprendi, a enxergar com olhos de cronista, e não de fofoqueiro. E o olho de cronista sempre vê além do concreto da imagem pública. Ele enxerga um ser humano.

Tô de volta! Beijo nos corações!!!

 

About Teresa Cristina [Teka]

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