Enquanto alguns deputados federais insistem que a reforma da previdência inviabilizará a aposentadoria dos mais pobres, Magda Mofatto [PR|GO] defendeu hoje [26] na Comissão Especial, que trata da Reforma da Previdência, o aumento das idades mínimas por causa do aumento da sobrevida da população. Na oportunidade a parlamentar lembrou que o relator reduziu a idade mínima para a aposentadoria das mulheres dos 65 anos da proposta original para 62 anos e defendeu a equiparação.
Sobre as regras que reduzem a pensão e obrigam o segurado a optar entre a aposentadoria ou a pensão, a deputada afirmou que ‘são justas’ porque a mulher, por exemplo, não tem mais dupla jornada quando se aposenta. “A dupla jornada ela teve quando tinha crianças pequenas. ” Para a deputada, quem está reclamando da reforma são os privilegiados que têm condições de se organizar e fazer uma mobilização contrária.
Para o deputado Pepe Vargas [PT|RS] a reforma da Previdência faria com que apenas 21% dos atuais aposentados conseguissem reunir os critérios para obter o benefício. Isso aconteceria por causa da dificuldade dos trabalhadores de mais baixa renda de alcançar os tempos de contribuição mínimos. O deputado também afirmou que o relatório proposto pelo deputado Arthur Oliveira Maia [PPS|BA] parte de um percentual de aposentadoria sobre a média salarial do segurado de apenas 70% aos 25 anos de contribuição, enquanto a proposta original falava em 76%. “Aos 35 anos de contribuição, o segurado ainda perderia 13% do valor. ”
Pepe Vargas lembrou ainda que as duas propostas determinam que a média salarial a ser usada levará em conta todos os salários da vida laboral, o que reduz a média por usar salários mais baixos do início. Hoje são usados 80% dos salários entre os maiores. Pepe disse ainda que os mais pobres também serão atingidos com as mudanças nos benefícios assistenciais e nas regras de aposentadoria rural. O deputado defendeu que os problemas demográficos sejam debatidos com mais tempo.
[Fonte: Câmara Federal ]