Governador antecipa que entregará dez Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e cinco Credeqs à população
A internautas, Marconi comenta que quer promover também mudanças na gestão da Educação e da Segurança Pública do Estado
Goiânia, 8 de julho de 2015 – O governador Marconi Perillo anunciou no início da tarde desta quarta-feira (8), durante bate-papo ao vivo com internautas, que cinco novos hospitais públicos de grande porte serão inaugurados em Goiás até o fim deste mandato, em 2018. São eles o Hospital Geral do Servidor Público e os hospitais de urgências de Uruaçu, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas e Valparaíso.
“O Hospital Geral do Servidor Público já teve suas obras iniciadas. Provavelmente, em cerca de um ano será inaugurado. É um grande hospital de excelência. O nosso próximo hospital a ser inaugurado será o hospital de Uruaçu. Será um hospital muito grande, complexo, para atender urgência e emergência no nível do Hugol. E vai atender as regiões Norte e do Vale do São Patrício. Depois, faremos a inauguração do Hospital de Santo Antônio do Descoberto e o próximo será o Hospital de Águas Lindas e, por fim, o Hospital de Urgências de Valparaíso, cuja área deve ser desapropriada nos próximos dias”, antecipou.
Aos internautas, o governador explicou que os hospitais de Águas Lindas e Valparaíso vão desafogar a demanda reprimida do Entorno do Distrito Federal. A unidade em Valparaíso, por exemplo, vai atender a população de Cidade Ocidental, distrito de Ingá, Novo Gama, Luziânia e ficará localizado em região estratégica na BR-040. “Essas três obras vão ser fundamentais para atender a população que vive na região e muitas vezes precisa se socorrer nos hospitais de Brasília.”
Além dos novos hospitais, Marconi confirmou que estão sendo construídos seis Ambulatório Médico de Especialidade (AME) e que cada unidade terá 22 especialidades para atendimento regional. “Nosso objetivo é chegar a dez AMEs até o fim deste mandato. Eles são muito importantes, pois são ambulatórios enormes capacitados para fazer todo tipo de atendimento ambulatorial”, garantiu o governador.
Outra novidade para a saúde pública é a construção dos cinco primeiros Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq). “São centros de referências na recuperação de dependência química e também pretendemos aumentar esse número”, declarou Marconi.
Quanto ao hospital que poderá se tornar público em Palmeiras de Goiás, o governador informou que autorizou o superintendente executivo de Saúde, Halim Girade, e o secretário Leonardo Vilela a avaliarem o hospital municipal da cidade. “Se a avaliação for do interesse dos proprietários, o governo vai desapropriar ou comprar e colocar em funcionamento”, disse.
Certificação da ONA
Questionado sobre a qualidade de atendimento prestado pelos hospitais públicos em Goiás, Marconi informou que Goiás possui, atualmente, cinco hospitais certificados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), resultado do alto nível de excelência e eficiência no atendimento humanizado. Segundo informações repassadas pelo próprio governador, 48 hospitais brasileiros já receberam título de acreditação da ONA, sendo 13 deles públicos. Destes, cinco são do Estado de Goiás. “Isso é uma demonstração do acerto do caminho que nós adotamos para mudar a saúde pública em Goiás”, avaliou.
O governador garantiu que o governo estadual tem se preocupado com a fiscalização e cobrado permanentemente as Organizações Sociais (OSs) que gerenciam as unidades goianas. “É preciso ter todos os cuidados para celebração de contratos, há contratos de hospital que se deve observar até 6 mil itens. É preciso também que se faça fiscalização e cobranças permanentes na gestão de OS. E nós nos preocupamos com todas as precauções para que esse modelo seja cada vez mais eficiente.”
Segundo Marconi, a aposta no modelo de gestão por OS teve como premissa a busca por um sistema em que o pode público gastaria menos, oferecendo serviços com mais qualidade e de forma mais humanizada, capaz de atender com a máxima qualidade pacientes de baixa renda. “Eu digo a vocês: se tiverem algum problema de saúde, não titubeiem a procurar um hospital público de rede estadual. Nós temos hospitais para todas as especialidades e nossos hospitais estão muito bons.”
Ele lembrou que o modelo de OS teve início no governo do ex-governador Mário Covas, em São Paulo, há cerca de 20 anos, e que se firmou como alternativa eficaz ao longo do tempo. Salientou que Goiás já adota a experiência desde 2002, quando o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) foi inaugurado, e que as OSs estão sendo implantadas em toda a rede estadual de saúde. Atualmente, só resta a mudança de gestão no Hospital de Medicina Alternativa e nos novos que serão inaugurados.
“Todos os outros passaram ou estão passando por processo de transformação e de melhoria significativa em termos de qualidade. Se eu tivesse que dar uma opinião, eu diria a todos os governadores e prefeitos que adotassem esse modelo que deu certo em Goiás. Eu tenho orgulho do que estamos fazendo. Digo que saúde pública tem conserto e nós provamos isso em Goiás”, argumentou.
Educação e Segurança Pública
Em resposta à pergunta de um internauta sobre o problema nacional de saúde publica, Marconi aproveitou para sinalizar que pretende implantar em Goiás o modelo de gestão por OS também nas áreas de Educação e Segurança Pública.
“O problema da saúde, da educação, da corrupção, da segurança pública, da infraestrutura, da logística e do saneamento básico depende de uma coisa só: decisão política acertada. Coragem para tomar determinadas decisões. Eu quero promover mudanças também na educação e na segurança pública. Quando eu comecei a fazer essas mudanças na saúde, as críticas foram inúmeras. A gente tinha pouquíssimo apoio. Hoje, podemos andar com a consciência tranquila, porque nosso dever está sendo cumprido de forma eficaz e eficiente”, garantiu Marconi.
O governador ressaltou que vários governadores têm visitado o Estado de Goiás para avaliarem os avanços na saúde pública e levarem a seus estados a experiência goiana. “Se o modelo antigo e retrógrado tradicional não está dando certo, muda-se para um modelo mais eficiente, que ofereça resultados à população. Eu repito: não tenho dúvidas mais de que saúde pública tem jeito. É preciso fazer as melhores escolhas, tomar decisões políticas corajosas e corretas e na hora certa.”
Goiânia, 8 de julho de 2015