#Eleições2018 | “ALIANÇA DO DEM TEM O QUE HÁ DE PIOR”, DIZ DANIEL VILELA

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Candidato do MDB ao governo de Goiás, o deputado federal Daniel Vilela, primeiro participante da sabatina da Rádio CBN Goiânia e do POPULAR, destacou as experiências de gestão de seu partido para criticar os adversários na disputa. Além de enfatizar a proposta de enxugar a máquina, aproveitou as questões administrativas para criticar o governo e o líder nas pesquisas de intenção de voto, senador Ronaldo Caiado (DEM).

 

”Mais Gestão, Menos Política”

O lema (Mais Gestão, Menos Política) está ligado à necessidade atual do Estado de Goiás, que está loteado por indicações políticas que não são qualificadas. Eu tenho muito orgulho das administrações do MDB, de Iris Rezende, que sempre foi muito bem-sucedido, muito bem avaliado, especialmente como prefeito de Goiânia; tenho orgulho das administrações do MDB em Aparecida de Goiânia, que teve um salto de qualidade e desenvolvimento altíssimo, sendo hoje a segunda cidade do País que mais gera emprego, fora as capitais. São gestões inovadoras. Nosso objetivo é que o Estado também seja eficiente, enxuto, com gestão técnica e qualificada que atenda as necessidades do cidadão, utilizando vários talentos que temos entre servidores de carreira. Uma das nossas propostas é que 50% dos cargos comissionados de Goiás sejam ocupados por efetivos, criando um banco de talentos. E também é nossa meta fazer com que Goiás seja o Estado com o menor número proporcional de comissionados do Brasil em quatro anos.
Ocupação de cargos

Todas as áreas vão ter diretorias, cargos de chefia que serão ocupados por servidores efetivos. E a característica de liderança política também é exigida para ocupação de alguns deles. O que me deixa muito confortável também é que nós construímos uma aliança enxuta e forte, com partidos que em nenhum momento colocaram uma condição de participação no governo. Não é o caso dos outros candidatos. Temos o governador José Eliton: muitos dos partidos estão com ele em razão de cargos – o Solidariedade, que teve recriada a pasta da Secretaria do Trabalho; o PR, que ocupou a Agência de Comunicação, entre outros. Já o outro candidato tem 13 partidos que representam o que há de pior da prática política do nosso Estado e todos eles já com indicações determinadas para um futuro governo que não vai acontecer. O PDT se coligou com o compromisso de assumir a Secretaria de Saúde, entre outros pequenos. Não terão condição política de ocupar os cargos técnicos com pessoas qualificadas.

 

Partidos aliados

Sempre fui coerente. Decidi promover uma aliança que fosse convergente com pessoas qualificadas, de visão e que pensam num futuro para o nosso Estado. O PPL não faz parte da minha coligação formalmente. O PHS em nenhum momento fez condição para participação na aliança, teve uma briga interna da antiga direção com a atual. E o PRB não é um partido irrelevante, pelo contrário, tem bancada maior do que o DEM na Câmara dos Deputados. É um partido relevante, cujo presidente, deputado João Campos, é extremamente qualificado e tem um desempenho legislativo bastante importante e produtivo para o nosso País. O presidente do PHS é gestor público de carreira do Estado. Eu me sinto realizado na composição dessas alianças.

Roubo de celulares

Esse crime é aparentemente simples, mas tem levado a muitos homicídios no Estado. O que apresento como projeto macro para segurança é investimento maciço em inteligência. Somos o terceiro Estado em número de feminicídios. Existem delegacias das mulheres que não têm condições estruturais para funcionar ou sequer saíram do papel. Goiás em 2015 investiu R$ 1,5 milhão em inteligência com um orçamento de mais de R$ 24 bilhões. Em 2016, R$ 215 mil. Como cobrar um desempenho melhor?
Batalhão à paisana e P2

Os limites da P2 são definidos no estatuto. O batalhão vai reunir uma série de circunstâncias estruturais, inclusive de formação contínua, para que haja agentes que possam atuar na prevenção e na ação. É a forma de inibir o crime, como também as câmeras de videomonitoramento, criando uma rede que integre inclusive as particulares. É fundamental investir em inteligência e em tecnologia. Também é preciso tirar dos prédios servidores da Segurança Pública e levar para a rua.
Saúde e OSs

Não sou contra o modelo de organizações sociais (OSs), mas sou contra algumas OSs que não têm expertise, experiência comprovada e que da noite para o dia contratualizaram com o Estado. Precisamos combater isso. O Estado de São Paulo, que utiliza o modelo de OSs há mais de 50 anos, exige experiência de gestão em hospital ou o próprio hospital da OS. Em Goiás não temos comitê regulador e fiscalizador das OSs da saúde. Eu vi um contrato de uma OS que comprou tanto tecido para fazer lençol que daria para abastecer três hospitais. As OSs aqui também estão em um processo seletivo de escolha dos procedimentos a serem feitos. Isso não pode. Tudo isso a gente vai regular, fiscalizar, mas entendo que é um modelo que gera eficiência na prestação de serviço.
Disputa pela regulação

Acho que a grande maioria dos municípios que são reguladores até desejam oferecer esse serviço ao Estado, porque não têm expertise ou até condição fiscal. Goiânia não, porque foi quem desenhou esse sistema de regulação e que absorve grande parte da demanda de todo o Estado. Mas tenho certeza absoluta que de forma compartilhada e com planejamento Goiânia também não tem esse desejo de continuar. Essa é outra proposta nossa para o setor. Nosso interesse é que o Estado volte a ser o formulador das políticas públicas de saúde, que ofereça aos municípios sistema integrado de informações, que seja parceiro dos municípios, melhorando a qualidade dos atendimentos iniciais, primários, e fazer parcerias também com as clínicas populares, para evitar que o aumento da demanda nos grandes centros.
Orçamento para 2019

É preciso gestão fiscal competente, responsabilidade fiscal. O Estado do Ceará investe por ano mais de R$ 2 bilhões de recursos próprios. Goiás é totalmente dependente de recursos externos, de empréstimos. É preciso recuperar a capacidade de investimento do Estado. Há um déficit no Orçamento de 2018, entre receita e despesa para folha de pagamento, de mais de R$ 3 bilhões. Eu não sei qual a mágica o Estado fará para concluir o pagamento dos servidores até o mês de dezembro. Eu comuniquei isso ao TCE, à Secretaria do Tesouro Nacional, e inclusive o relator das contas de 2018 do TCE emitiu um alerta à Secretaria da Fazenda sobre isso. O Estado hoje existe apenas para custear a folha dos servidores, infelizmente.
Primeiros investimentos

Temos alguns programas que constam no nosso plano de governo. Hoje a segurança pública é, sem dúvida nenhuma, uma das prioridades. Talvez grande parte desses investimentos serão feitos em inteligência na SSP. Vamos fazer rapidamente, nos seis primeiros meses, uma gestão fiscal otimizando as despesas e ampliando os recursos para investimentos.
Cortes

É preciso cortar a partir da capacidade de inovar e criar. O Estado inclusive tem copiado algumas das nossas propostas. Eu sou autor, por exemplo, do projeto do home office no serviço público brasileiro. Isso proporciona economia de energia, de internet, impacto de trânsito, qualidade de vida para o servidor, impacto ambiental. Outra coisa: uma frota de compartilhamento de transporte.
Apoio ao governo Temer

Todos os partidos estão mal avaliados. Pesquisa recente mostrou o PSDB como o mais rejeitado dos brasileiros. Partido tem pessoas boas e ruins. Também em levantamento feito recentemente, o candidato do Democratas aqui em Goiás tem alinhamento muito maior do que o meu, que sou do partido do presidente, em relação a votações no Congresso Nacional.
Água e meio ambiente

As novas tecnologias citadas no nosso plano de governo já estão sendo utilizadas e são acessíveis. É possível estimular, por exemplo, a isenção tributária dos equipamentos de irrigação para reduzir o custo. O problema é que estamos numa gestão ultrapassada, arcaica, que fica imaginando ainda que é preciso ter uma infinidade de fiscais para fiscalizar in loco qualquer licença ambiental.

 

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