CORONAVÍRUS | Falta de matérias-primas pode prejudicar fabricação de remédios

A epidemia do coronavírus começou a preocupar os brasileiros na última semana, depois da confirmação de dois casos da doença em São Paulo. Apesar do baixo índice de proliferação e letalidade, especialistas alertam para outra preocupação: o sumiço de alguns medicamentos das farmácias no Brasil nos próximos meses.

Até o último domingo (1), 89 casos suspeitos foram descartados, mas outros 252 casos continuam sendo monitorados pelo Ministério da Saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados 85.403 casos em todo o mundo. A confirmação dos primeiros infectados no Brasil aumentou o nível de alerta da população que lotou as farmácias a procura de máscaras, luvas.

“Por enquanto, o impacto tem sido mais forte em materiais descartáveis, principalmente máscaras, seguidas por luvas e roupões”, explicou o CEO da Distribuidora de Medicamentos e Produtos de Saúde – FUTURA, Valter Luís de Macedo Carvalhaes Pinheiro.

Uma das ações emergenciais do Ministério da Saúde foi adquirir uma grande quantidade desses materiais descartáveis para distribuir entre as indústrias. A FUTURA, sediada no Rio de Janeiro, foi a empresa que ganhou a concorrência para fornecer, de uma única vez, 12 milhões de luvas ao Governo Federal.

“Esse material será usado pelo Ministério da Saúde para abastecer hospitais e postos de saúde de todo o país. O governo está tomando medidas para barrar a proliferação do vírus nas unidades públicas de saúde”, disse Valter Luís de Macedo Carvalhaes Pinheiro.

Ainda de acordo com o empresário, a indústria farmacêutica está preocupada com a falta de algumas matérias primas de medicamentos. “Há risco de desabastecimento de alguns rótulos no mercado brasileiro nos próximos meses de março e abril”, lamentou o CEO da Distribuidora de Medicamentos.

Quarentena
Com o aumento da sensibilidade da vigilância, novos critérios de triagem foram adotados na rede pública de saúde. Agora, a definição de caso suspeito se aplica aos pacientes que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e que viajaram, nos últimos 14 dias, por um dos países que apresentam transmissão ativa do coronavírus. São eles: Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China.

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