COLUNA DO FREITAS – Menor taxa de desemprego dos últimos 8 anos

Na última sexta feira, dia 29 de setembro de 2023, o IBGE divulgou a taxa de desemprego referente ao trimestreencerrado em agosto de 2023. A taxa ficou em 7,8% reduzindo 0,5 ponto percentual da taxa do trimestre finalizado em maio que foi de 8,3%. Esse resultado é o menor desde fevereiro de 2015 que foi de 7,5%. E nessa segunda feira o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou dados do Novo Caged onde apresentou crescimento de 1,38 milhão de empregos formais entre janeiro e agosto de 2023. Associado a estes indicadores, a XP, projeta um crescimento da massa real de renda ampliada às famílias de 5% em 2023. Diferentemente dos indicadores que essa coluna divulga toda semana, os famosos indicadores da Faria Lima, esses representam os indicadores do povo brasileiro. Emprego e salário com aumento real são os itens mais importantes para a classe trabalhadora. Esses indicadores contribuem para o aumento da demanda agregada da economia, já que o consumo representa mais de 60% da composição do PIB (Produto Interno Bruto).

No Relatório Focus divulgado no dia 02 de outubro não houve grandes mudanças nas projeções do mercado financeiro. Para o PIB o relatório Focus manteve a projeção para 2023 de 2,92%, de 1,50%, 1,90% e 2,00% para 2024, 2025 e 2026, respectivamente. O mesmo ocorreu para a inflação, o relatório Focus manteve a previsão para 2023 de 4,86%; para 2024, pequeno crescimento de 3,86% para 3,87% e manteve as projeções para 2025 e 2026 em 3,50%. 

As projeções da Taxa Selic continuaram as mesmas, 11,75%, 9,00%, 8,50% e 8,50% para os anos de 2023, 2024, 2025 e 2026, respectivamente. Com as previsões da Selic e com a previsão de redução da inflação para os próximos 12 meses de 4,04% para 4,02%, a taxa de juros reais da economia, calculada pela coluna é de 6,55% ao ano, pequena alta, de 0,02%, em relação a semana passada. O mercado já prevê uma inflação para os próximos 12 meses em torno de 4%.

Quando se analisa a curva de juros do Brasil para os próximos anos, o mercado continuou elevando as suas previsões, ainda impactadas pelas decisões dos Bancos Centrais do Brasil e dos EUA, janeiro de 2024 em 12,235%; janeiro de 2025 em 10,91%; janeiro de 2026 em 10,705% e janeiro de 2027 em 10,92%, os juros reais inclusos nessas taxas são de 7,10% ao ano, acima da taxa de juros calculada pela coluna de 6,55%. Já as taxas dos títulos dos Estados Unidos seguem em alta, a taxa para 2 anos é de 5,110% e para 10 anos é de 4,689% ao ano.

A economista italiana Mariana Mazzucato esteve no Brasil na semana passada e declarou que é preciso reinventar o capitalismo. Afirmou que as instituições públicas assumam um novo papel no século 21 fornecendo uma direção e exigindo que todos os setores da economia inovem. Disse ela, “o que realmente importa não é ter um Estado grande ou pequeno, o que faz a diferença é um investimento público inteligente, estratégico e orientado.”.

Marcos Freitas

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