Em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, admitiu ter recebido cerca de US$ 22 milhões da empresa SBM Offshore, sediada na Holanda. A empresa é investigada desde fevereiro, antes da deflagração da Operação Lava Jato, por pagamento de propina a funcionários da Petrobras, da qual é fornecedora. No depoimento, Barusco conta ter recebido cerca de US$ 100 milhões de propinas por negócios escusos na Petrobras, que ele admitiu praticar desde 1996. As informações são de reportagem publicada hoje pelo jornal “O Globo”.
Barusco, que seria ligado ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, se aposentou na Petrobras em 2010. Desde então, ele vinha atuando como diretor da empresa Sete Brasil, que mantém um contrato de cerca de US$ 80 bilhões com a Petrobras. O pagamento de propinas por parte da SBM foi noticiado pela imprensa internacional em fevereiro deste ano, e motivou a instalação da CPMI da Petrobras, no Congresso Nacional. Segundo revelou um ex-funcionário da SBM, a empresa pagou um total de US$ 139 milhões a funcionários da Petrobras entre 2005 e 2011.