O nível alarmante de propagação do novo coronavírus levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma pandemia global. A doença já causou mais de 5 mil mortes em todo o mundo, duas delas na América Latina. Diversos setores estão se movimentado para resistir a crise. O grande desafio está sendo conter a velocidade com que o vírus está se espalhando entre centenas de países, muitos deles sem estrutura necessária para atender os pacientes mais graves.
No Brasil, a indústria farmacêutica está tentando antecipar os riscos das oscilações do mercado para garantir a integridade da cadeia global de medicamentos e insumos. Até o momento, o fornecimento de terapias no país segue dentro da normalidade, mas não podemos afirmar até quando.
Essa não é a primeira vez que a OMS usa o termo “pandemia”. A organização também decretou a mesma situação quando gripe H1N1, mais conhecida como gripe suína, matou cerca de nove mil pessoas entre 2009 e 2010. Na época, um laboratório suíço de soluções medicinais foi o primeiro a anunciar que havia criado a vacina contra o vírus H1N1.
Mais de dez anos se passaram e mais uma vez toda a comunidade de pesquisa e desenvolvimento está concentrada em encontrar novas alternativas terapêuticas para combater o coronavírus. Os governos também estão atuando em parceria com os cientistas e especialistas na área da saúde para chegarem a ações efetivas, focadas no paciente e na contenção do vírus.
Ainda não há motivos para pânico, mas sim alerta. Até a tarde de quinta-feira (12), o governo brasileiro trabalhava oficialmente com 60 casos da doença confirmados. Entre eles, o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wanjgarten. Atualmente são monitorados mais de 1,4 mil casos suspeitos.
É fato que o novo coronavírus vai impactar a indústria brasileira. Além de desenvolver políticas públicas voltadas para a saúde, o Governo Federal precisa desburocratizar as importações de insumos e apoiar a indústria nacional para que o setor fique fortalecido e consiga suprir, pelo menos, a sua demanda interna.
Valter Luís Macedo de Carvalhaes Pinheiro é empresário no ramo da indústria farmacêutica