O deputado estadual Gustavo Sebba [PSDB] conduziu nesta quarta-feira [29], também por iniciativa da Comissão de Saúde e Promoção Social da Assembleia Legislativa de Goiás, audiência pública sobre os desafios do câncer de mama. O parlamentar salientou que o câncer de mama teve um aumento de em média 2% ao ano no país todo. “É o câncer que mais mata em todo o Brasil, em média são 60 mil novos casos ao ano. De todas as mulheres que morrem no Brasil, três por cento delas tem óbito causado pelo câncer de mama. ”
Gustavo Sebba ainda ponderou que além de toda a dificuldade da doença, as mulheres têm que lidar com acesso ao tratamento, atendimento com um profissional qualificado, dificuldades sociais, financeiras assim como a dificuldade de acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Estiveram presentes na audiência várias autoridades sobre o assunto, a exemplo da presidente da Associação dos Portadores do Câncer de Mama do Hospital das Clínicas [HC], Maura Rodrigues da Silveira, a assistente social Denise Magalhães, o coordenador-geral do Centro Avançado de Diagnóstico de Câncer de Mama da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo Freitas Júnior; o oncologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia [SBM] – Regional de Goiás, professora de ginecologia e obstetrícia da UFG, médica do Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas de Goiás, Rosemar Macedo Sousa Rahal; e a psicóloga e coordenadora do Programa de Mastologia do HC/UFG e vice-presidente da Associação dos Portadores de Câncer de Mama, Marcia de Faria Veloso.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional de Goiás, Rosemar Macedo Sousa Rahal, disse que é preciso defender e debater o acesso das mulheres que sofrem com o câncer de mama e também mencionou sobre a dificuldade de fazer e pegar o exame da biópsia da mama nos hospitais públicos.
“Goiás é o único Estado do Centro-Oeste que tem o mamógrafo para fazer a biópsia, sem precisar levar a paciente para o centro cirúrgico, reduzindo a fila de espera para realizar o exame, reduzindo gastos em 5%, no entanto não pode ser utilizado por falta de um simples código que o SUS não libera”, revela.
A especialista solicitou atenção para a liberação do código na tabela SUS para que possam ter acesso às agulhas necessárias para fazer a biópsia no ato do exame. Outra solicitação foi a ampliação do apoio das Casa de Apoio para a mulher que é do interior e vem buscar acesso a tratamento na capital.
O deputado se colocou à disposição para estender o debate ao secretário de Saúde, Leonardo Vilela, para conseguir a liberação do código na tabela do SUS para o mamógrafo. Sobre o Decreto Estadual de 1994, também questionado pela mastologista que trata do passe livre para pacientes de câncer de mama que possuem sequelas, Gustavo Sebba se prontificou a apresentar emenda, na próxima sessão plenária na Assembleia, inserindo na Lei Estadual que todas as mulheres que estejam em tratamento oncológico tenham direito ao benefício.
Fotos: Carlos Costa