#Goiás | GOVERNO FECHA ESCOLAS E REDUZ NUMERO DE UNIDADES EM TEMPO INTEGRAL

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Fechar escolas, reduzir unidades escolares de tempo integral e cortar verbas para a Educação, formam um conjunto de ações que conflitam com o discurso apresentado em campanha pelo atual governador Ronaldo Caiado [DEM] e desagradam pais, alunos e professores em Goiás. Em sua posse, por exemplo, o governador garantiu que ampliaria o número de escolas em tempo integral no Estado. “Nós temos um compromisso com educação. Temos que chegar a 50% de escolas em tempo integral. É a maneira de tirarmos o jovem da rua e do tráfico”, garantiu.

Após o anuncio do fechamento de 18 escolas da rede estadual, a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Goiás [Seduce] também reduziu o número de unidades em tempo integral seguindo o cronograma de ‘redução de gastos’. De acordo com informações, em 38 cidades, as 47 escolas foram transformadas em padrão, atendendo apenas o ensino regular em um turno. A medida foi comunicada aos diretores, professores e pais ao final da semana passada, pegando todos de surpresa e causando vários transtornos, uma vez que as aulas na rede estadual deram inicio esta segunda-feira [21].

Outra situação preocupante é a falta de contratação de professores e servidores temporários. No final do ano passado, 1.291 contratos de professores e 479 de servidores temporários foram finalizados sem renovação e segundo os coordenadores regionais, ‘não existe previsão de contratar novos profissionais’. E como a ordem é ‘enxugar custos’, haverá ainda a junção de escolas e turmas. O Reordenamento da rede pública de ensino em todas as 1.160 unidades de ensino do Estado é justificativa para “otimização dos recursos públicos”

REGIÃO
Vários municípios da região foram surpreendidos com as mudanças promovidas na Educação em Goiás. Em Ipameri, por exemplo, os pais dos 81 alunos do Colégio Estadual José Costa Paranhos, ficaram sabendo no final da semana passada que a escola não abriria mais as portas neste ano. O Colégio Estadual Dom Bosco, também naquele município, sofrerá a chamada ‘reordenação’. Da mesma forma no Colégio Estadual Gertrudes Lutz, em Morrinhos, onde os 130 alunos já matriculados descobriram apenas no retorno das aulas, que a unidade passaria a atender em apenas um turno.

FALTA DE PLANEJAMENTO
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás [Sintego] apesar de concordar com a decisão de reordenar a rede estadual no sentido de otimizar os recursos existentes e aproveitar melhor os espaços das escolas, criticou a forma como a primeira etapa da medida foi tomada, ‘pegando professores, servidores, alunos e pais de surpresa’. “Precisa ter critérios claros, discutir com pais, alunos, trabalhadores, qual a melhor opção, como fazer isso da melhor forma”, disse a presidente do Sintego, Bia de Lima.

Para o coordenador da Mobilização dos Professores de Goiás [MPG], Thiago Oliveira Martins, diz que o certo seria a Seduce ter feito a discussão durante este ano para tomar as decisões apenas em 2020, quando venceria o prazo para transferir aos municípios as turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. “Não pode ser assim, de surpresa”, critica.

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