A economia brasileira continua emitindo sinais positivos no aspecto macroeconômico. A projeção do crescimento do PIB para esse ano já tem sinalizado um númerosuperior a 2%, provavelmente, esse número será mais próximo de 3%, previsão desta coluna. Com isso o PIB do Brasil terá crescido no triênio 2022 a 2024 9% no período (2,9%; 2,9% e 3% respectivamente). Nos últimos 30 anos somente o período de 2006 a 2008 cresceu de forma significativa, 15% no período. A base de sustentação desse crescimento (2022 a 2024) foi o agronegócio e o consumo. A taxa de investimentos da economia não acompanhou esse crescimento e que pode comprometer crescimentosfuturos. Uma economia não pode ser sustentada apenas pelo consumo, tem que haver crescimento nos investimentos para atender esse aumento do consumo, caso contrário, voltaremos ao processo inflacionário. Portanto, tornar-se imprescindível o crescimento dos investimentos na economia brasileira.
O governo avançou nos primeiros passos para aumentar ataxa de investimento na economia brasileira com o novo PAC e a nova Política Industrial. Agora em seguida grandes montadoras de veículos anunciam investimentos recordes no Brasil. Essa semana a Toyota anunciou investimentos de R$ 11 bilhões.
Se até meados do ano o Banco Central reduzir as taxas de juros de 11,25% ao ano para algo em torno de 9,25% ao ano e até o final do exercício de 2024 essa taxa situar em torno de 8% ao ano, teremos os próximos anos com crescimento equiparados a China. A diferença do crescimento futuro com o crescimento atual será uma soma do crescimento do consumo, do agronegócio e dos investimentos. Será a primeira vez que teremos um crescimento sustentável da economia brasileira. Bons ventos estão soprando a nosso favor.
As projeções realizadas no relatório Focus divulgado no dia 22 de fevereiro trouxeram variações em relação à semana anterior, demonstrando ainda um humor positivo do mercado financeiro brasileiro. Para o PIB de 2024houve crescimento da previsão de 1,75% para 1,77%, houve manutenção das previsões para os anos de 2025, 2026 e 2027 em 2%. Já para a inflação, a previsão de 2024foi reduzida de 3,80% para 3,76%; 2025 manteve em 3,52% e 2026 e 2027 mantiveram-se as projeções de 3,50%.
As projeções da Taxa Selic mantiveram-se as mesmas, 2024 em 9% e 2025, 2026 e 2027 manutenção da projeção em 8,5%. Com as previsões da Selic e a redução da previsão da inflação para os próximos 12 meses para 3,60%, antes 3,66%, a taxa de juros reais da economia, calculada pela coluna aumentou para 5,51% ao ano. A taxa prevista para o final do ano, com Selic em torno de 9%, equivalerá taxa de juros reais de 5,31%, ainda acima da taxa de juros reais neutra divulgada pelo Banco Central que é de 4,5%. Portanto essa é a tendência das taxas de juros reais do Brasil, porém, para esta coluna é de que ela se estabilize em torno de 8% ao ano e não em 9% ao ano até o final do ano de 2024.
Quando se analisa a curva de juros do Brasil para os próximos anos, o mercado oscilou um pouco para baixo as suas previsões: janeiro de 2025 em 9,885%; janeiro de 2026 em 9,675%; janeiro de 2027 em 9,87% e janeiro de 2029 em 10,32%, os juros reais inclusos nessas taxas são de 6,10% ao ano. Já as taxas dos títulos dos Estados Unidos foram negociadas: para 2 anos é de 4,568% e para 10 anos é de 4,167% ao ano, apresentando redução em relação à semana anterior.
Ainda pelo relatório Focus as previsões do resultado primários foram, 2024 de -0,78% do PIB, 2025 de -0,60%,2026 de -0,50% e 2027 de -0,29%.
Abaixo, a tabela das projeções dos indicadores econômicos para 2024 com a atualização do Relatório Focus e a manutenção da coluna. O que se constata que o cenário positivo da economia brasileira está influenciando, a cada semana, a melhora das projeções do relatório Focus.