A defesa de Evandro Magal encaminhou posicionamento à imprensa, no qual afirma que o mandado de prisão contra o prefeito de Caldas Novas na Operação Negociata, teria sido “excessivo e abusivo, pois trata-se de uma investigação antiga, iniciada no ano de 2015, e que não houve mudança no quadro fático que pudesse gerar um decreto de prisão.”
Além disso, os advogados garantem que o prefeito sempre esteve disposto a prestar qualquer esclarecimento necessário, mas nunca foi intimado, e afirma que tomará as medidas cabíveis perante o Poder Judiciário. Para o advogado, Caio Alcântara, “não há provas contra o prefeito Evandro Magal apresentadas nos autos” e que, “os supostos atos a ele imputados são inverídicos e serão, sem dúvida, esclarecidos perante a Justiça”.
O prédio da prefeitura da cidade, a sede do Poupa Tempo e endereços ligados aos agentes públicos e empresários também foram alvo de buscas em Caldas Novas. Agentes recolheram documentos nas residências de Waldo Palmerston, um dos sócios do grupo Privê, e do vereador da cidade, Saulo Inácio [PSDB], conhecido como Saulo do Privê, que é funcionário do grupo há anos.
Em nota, o Privê respondeu que todos os documentos foram entregues e as solicitações exigidas pela investigação atendidas, e que o grupo e o empresário citado não têm qualquer vínculo com negócios ilícitos. O MP ainda não forneceu informações sobre qual seria o possível envolvimento dos dois no esquema.
A Operação Negociata, que ainda está em fase de investigação, apura fraudes em licitação, pagamentos de propina e lavagem de dinheiro envolvendo o Poder Executivo de Caldas Novas e alguns empresários, que segundo o Ministério Público, se beneficiavam com a suposta atuação ilícita dos agentes públicos. Na busca e apreensão efetuada pelo MP, foram apreendidos dólares [U$ 120 mil], valores em moeda nacional em espécie, cheques, documentos e um revólver calibre 38.⠀
Os presos de Caldas Novas chegaram à capital ontem [13] e foram levados diretamente para o Instituto Médico Legal e, posteriormente, para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Os depoimentos deles serão tomados nesta sexta feira [14], quando também o promotor Thiago Galindo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco] do MP-GO deverá conceder mais detalhes sobre o esquema apurado pela operação.
Presos na Operação Negociata:
Prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal;
Ex-secretário de Saúde: Luciano Silva Guimarães Filho;
Ex-pregoeira da Prefeitura, Rosane Rodrigues Rosa;
Ex – diretor Caldas Prev, João Afonso Neto;
Servidor da prefeitura, Rony Lopes;
Enfermeira, Yara Bandeira Alencar;
Policial militar reformado e ex- diretor da Secretaria municipal de Administração de Caldas Novas, Marcos Patrício Alencar Escórcio;
Empresário Sandro Silva Guimarães que foi preso em Minas Gerais.
Empresário José Junior, foi considerado foragido e posteriormente se apresentou no MP.
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