Reportagem da Folha desmonta citações contra Marconi Perillo

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O governador Marconi Perillo afirmou neste domingo estar tranquilo quanto ao teor da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal ao Superior Tribunal de Justiça. “Não existe nenhum fato novo nesta denúncia do MPF. Todas as acusações feitas na época da CPI foram arquivadas por falta de provas. Esta será mais uma”, afirmou governador à coluna Giro, do jornal O Popular, neste domingo, 7.

O colunista afirma que os advogados do governador usarão como referência na defesa a condenação do jornalista Luiz Carlos Bordoni na Justiça por danos morais em ação movida pelo governador. “Estou tranquilo para me defender no STJ”, afirmou Marconi.

Em relação à citação do nome de Marconi em citações de ex-executivos da Odebrecht, Marconi afirmou: “Chega ser ridícula a afirmação de que pedi R$ 50 milhões para a campanha de 2014, que nos custou R$ 30 milhões. Recebemos da Odebrecht doação de R$ 3,5 milhões, depositados legalmente na conta do PSDB”, declarou.

Neste domingo, o jornal Folha de S. Paulo publicou extenso material que colocou definitivamente em xeque o conteúdo das delações contra Marconi Perillo. Entre os vários motivos, as contradições expostas no conteúdo das delações. Na reportagem, assinada pela jornalista Thaís Bilenky, o diário paulistano afirma que “peças que foram acolhidas pelo ministro Edson Fachin apresentam guerras de versões” e que “as petições contra os governadores do PSDB Marconi Perillo e Geraldo Alckmin são exemplos disso”.

“A petição contra o goiano é embasada em quatro delatores que apresentaram três versões distintas”, diz a reportagem da Folha. “Um deles falou em caixa 2 sem apresentar documento para corroborar sua acusação”. A reportagem um ouviu um ministro do STF que disse, preservada a fonte, que “incongruências fragilizam acusações e que algumas delações terão de ser reanalisadas em órgãos judiciais colegiados”.

A Folha de S.Paulo mostra, além de Marconi e Alckmin, “erros factuais, contradições e inconsistências” nas citações a outros políticos citados na apuração da Odebrecht, como o ministro Aloizio Nunes Ferreira, Celso Russomano e o governador do Maranhão, Flávio Dino, entre outros. A apuração destaca os casos de Marconi e Alckmin porque os governadores tucanos são os únicos da relação da reportagem contra os quais há três versões distintas. Para os demais, são duas.

Na apuração relacionada a Marconi, a reportagem mostra que há três versões sobre os valores citados pelos ex-executivos da Odebrecht, absolutamente incongruentes. Os ex-executivos que tiveram suas citações homologadas em relação a Marconi são Fernando Ayres, Alexandre Barradas, João Pacífico e Ricardo Ferraz.

Além das divergências quanto aos valores, os próprios ex-executivos afirmam, em seus depoimentos, que o Governo de Goiás jamais concedeu vantagens em retribuições às supostas contribuições de campanha em caixa 2. O governador Marconi Perillo tem observado que todas as contribuições foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral e que as prestações de contas de todas as suas campanhas foram aprovadas.

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