Detentos já confeccionaram mais de 1.500 máscaras de proteção desde a última quarta-feira (19), nas Unidades Prisionais de Aparecida de Goiânia, Luziânia e Orizona. Essas máscaras estão sendo distribuídas para os profissionais da saúde e da Polícia Militar (PM) que veem atuando na contenção do coronavírus em Goiás.
Logo após o Governo Estadual confirmar os primeiros casos de Covid-19, o Comitê do Programa Goiás de Resultados e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) se mobilizaram para inserir a mão-de-obra carcerária em atividades que fossem ao encontro das necessidades do Estado durante a pandemia.
Uma das metas prioritárias definidas pelo Goiás de Resultados é a reestruturação do Sistema Prisional aprimorando a gestão e desenvolvendo novas medidas eficazes na ressocialização dos apenados. O sumiço das máscaras das prateleiras e o valor do produto no mercado fizeram com que os gestores enxergassem uma nova oportunidade para os detentos.
“As ações desenvolvidas pelo Programa Goiás de Resultados nos deram condições de pronta resposta em meio a crise”, explicou o Gerente de Produção Agropecuária e Industrial da DGAP, Moacir Ferreira da Silva Júnior.
De acordo com o gerente, para suprir a demanda de milhares de servidores, o Governo de Goiás teria que desembolsar R$ 2,00 por cada máscara. No entanto, contando com a mão-de-obra dos presos e apoio do setor empresarial e prefeituras, as máscaras fabricadas dentro dos presídios estão custando apenas R$ 0,75.
Até o momento, são 35 encarcerados trabalhando e a expectativa da DGAP é de que, em breve, presos do município de Paraúna também deem início às atividades. Todos eles serão beneficiados com a remissão da pena por tempo de trabalho, conforme indica a Lei de Execução Penitenciária (LEP).
Em Orizona, 16 presos que já atuam na confecção de uniformes, foram designados a produzir as máscaras. Nesta segunda-feira (23), o prefeito Joaquim Augusto, esteve na Unidade Prisional do município para buscar as máscaras e distribuí-las aos profissionais da saúde que estão atuando na Urgência e Emergência da cidade. “Nós solicitamos 10 mil máscaras para atender a nossa população. São peças de qualidade e faço questão de reforçar: somos parceiros do Sistema Prisional de Orizona”, afirmou o prefeito.
Já no Polo Industrial do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, 10 detentos atuam na produção que recebeu apoio de empresas conveniadas com a DGAP e estão com suas produções paralisadas. “Recebemos o TNT (material específico utilizado para a fabricação) e elásticos. A quantidade cedida vai possibilitar que os detentos confeccionem cerca de 2 mil máscaras”, disse o gerente da DGAP, Moacir Ferreira da Silva Júnior.
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