Embora a forma que utilizamos no título acima não seja a usual, o termo, “um peso, duas medidas” é o mais correto neste caso, ou seja, ”tratar uns com justiça e outros com injustiça, ter condutas diversas diante de situações idênticas, aplicar a lei ou a regra com mais ou menos rigor de acordo com a conveniência”. E é realmente intrigante, o tratamento diverso dado por ditos indivíduos da oposição em Caldas Novas neste momento.
Exemplo típico é o posicionamento de um certo plantonista de oposição – que se aventurou recentemente também no universo político – frente a situações idênticas contra distintas autoridades do município. É visível que, para o dito oposicionista, se o político em questionamento é adversário, ‘é ladrão, é corrupto e é incorrigível’, mas se há questionamentos à um aliado, se torna então, ‘um perseguido, injustiçado, inocente, presumido’, entre outros atributos.
Realmente este individuo deveria ser aferido pelo Instituto de Pesos e Medidas. Aliás, a tal imparcialidade ‘plantada’ em tempos áureos restou esquecida, serviu apenas para se intitular justiceiro e galgar patamares na política, bem como conquistar aliados endinheirados e enviesados pela ganancia e pelo ódio. Hoje o que vemos é exercício diário do puro sensacionalismo, beirando à margem do egocentrismo ao tentar prenunciar sentenças judiciais. Mas decisão sentenciada, publicada, expedida por este mesmo juizado e divulgada pela mídia estadual e nacional, não mereceu sequer, uma linha por parte do referido oposicionista de plantão.
Parece piada, mas como confiar em um texto que começa com o seguinte tópico: ‘Hora da verdade! Amanhã é a última audiência na Justiça antes da provável cassação […]’, ou quem sabe neste outro, ‘Informação falsa sendo plantada nas redes sociais […]’. Prenunciam, julgam e dão o veredito em certos casos, mas não usam a mesma medida, quando a manchete é: ‘Juiz condena deputada federal e ex-prefeita de Caldas Novas, por improbidade administrativa’, ou, ‘Condenada por fraude, deputada pode perder direitos políticos’, ou até, ‘Deputada pode ter problemas com verbas indenizatórias, diz revista’, ou mesmo, ‘Assessor parlamentar de deputada é preso por tentativa de homicídio’. Nenhum mereceu sequer, uma linha! E por que?
Devemos atentar para o desequilíbrio das abordagens em cada caso. Enquanto que, para diagnosticar e prognosticar o dia a dia da administração, sobram números e críticas, a análise das perspectivas para uma “nova aliada” se limita a interpretar as boas intenções da mesma. Ou pior, se limita a NÃO citar! Que espetáculo grotesco temos visto, ao pior estilo de ‘pau que bate em Chico, jamais baterá em Francisco’.
A fatura não fecha! Ou será que na verdade, está mesmo, é na mesa de negociações?
Em verdade, os opositores baseiam suas “bombásticas manchetes” em sensacionalismo, como se, compensando a ausência de talento, assumem a postura de inocentes úteis, em busca de migalhas que pautem sua sobrevivência e quiçá reconhecimento e se esquecem que, tão logo o objetivo da alma realmente interessada em abalar a administração seja atingido, o descarte é eminente, como a própria história demonstra em situação análoga recente.
Pior ainda, não imagina que se expondo assim, está sujeito a represálias jurídicas, pois o dono da palavra é o detentor do ônus e bônus. Assim, se permitindo ser usado, expõe-se e permite a dilapidação de sua credibilidade, na doce ilusão que está servindo a um ideal nobre, quando em verdade apenas estagia na função de marionete justo do poder econômico que tanto combateu.
Ao promover o desserviço, canaliza uma relativa atenção, pautada entre o escárnio da análise, e o sensacionalismo tendencioso, que, ao ser desmentido, vai gerar mais descrédito a sua imagem, enquanto quem realmente tem bônus com isso, delicia-se com seu novo marionete de estimação, em análises rápidas do escrito, em sobrevoos entre a cidade e a capital.
O reconhecimento advém do serviço, da prestação, e não de afirmações de efeito sem nenhum compromisso com a verdade. A manipulação da informação de forma maquiavélica em nada auxilia, pois, o caos só interessa ao líder negativo, à espreita da chance de capitalizar poder para interesses particulares.
Enfim, nada melhor que o tempo, para derrubar tabus, paradigmas e até mesmo as máscaras da face de alguns falsos líderes, pessoas que praticam dupla personalidade, e provam ser desprovidas de caráter. Duas faces de uma mesma moeda, um mesmo peso, uma mesma situação e duas medidas adotadas. Parasitas com posturas enganadoras e ludibriosas, sem credibilidade. Mas a história não perdoa a violência da democracia e o tempo, esse sim, continuará sendo o senhor de toda razão!