Uma jovem de 19 anos moradora de Caldas Novas, na região Sul do Estado, descobriu que uma broca foi deixada em seu braço direito após uma cirurgia para colocação de pinos realizada em junho deste ano no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), na capital.
O companheiro e advogado de Karine Fernandes Ferreira da Silva contou que estão organizando a documentação e vão entrar na Justiça ainda nesta semana. Em nota, a unidade de saúde explicou que, conforme protocolo médico, neste não houve necessidade de retirar o fragmento, pois ele não comprometia a função do cotovelo (veja nota na íntegra abaixo).
Gean relatou que no início de junho, Karine, que trabalha como operadora de caixa, conduzia uma motocicleta e subia uma das avenidas em Caldas Novas quando um carro não respeitou a sinalização para parar e bateu contra o veículo. Com o impacto, a jovem quebrou o cotovelo. Após ser atendida na unidade de Pronto Atendimento (UPA), ela foi transferida para a capital e em 11 de junho passou pela cirurgia para implantação de pinos, recebendo alta no dia 13 do mesmo mês. “Quando ela recebeu alta já sentia dores e dava para escutar um barulho”, afirma o companheiro.
Cerca de dois meses depois da cirurgia, a jovem começou as sessões de fisioterapia e durante os procedimentos as dores eram mais intensas. Além do incomodo, Karine percebeu um caroço na região da cirurgia e algum tempo depois uma pontinha surgiu sob a pele. “O fisioterapeuta achou estranho as dores e pediu um raio – x. No exame, ele viu que tinha algo estranho, mas a princípio achamos que era uma pinça, só depois percebemos que era uma broca, de aproximadamente 4 centímetros”, relata Gean.
De acordo com o companheiro, assim que perceberam a presença do objeto, a operadora de caixa foi levada até uma UPA e a broca retirada. Gean explicou ainda que estão recolhendo toda a documentação do caso e vão entrar na Justiça contra o Estado por danos materiais, morais e estéticos não permanentes. “Ela ainda está bem alabada, o susto foi grande. Mas dores cessaram”, afirmou.
NOTA DO HUGO
O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) informa que, conforme protocolo médico, em episódios de rompimento de materiais sintéticos durante cirurgia, eles são retirados somente quando apresentam risco para o paciente. No caso de Karine Fernandes Ferreira da Silva, não houve necessidade de retirar o fragmento do insumo utilizado, pois ele não comprometia a função do cotovelo e seria retirado juntamente com o pino de fixação, após a consolidação da fratura e se estivesse causando transtorno funcional. [Fonte: O Popular]
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