O deputado federal Alexandre Baldy [PSDB/GO] afirmou, na tarde desta quinta-feira [26] que recusou o benefício anunciado pela Câmara Federal, de custear passagens aéreas para as esposas dos parlamentares a partir de Abril deste ano.
O anúncio foi feito em sua página oficial no facebook e na rede social. Segundo o parlamentar, assim como seu partido, o PSDB, é contrário à decisão da Mesa Diretora, que permite a concessão de passagens aéreas aos cônjuges dos Deputados Federais. “Estou desapontado com a decisão da mesa diretora da Câmara Federal. Não utilizarei em forma de respeito à população brasileira, e aos goianos que acreditaram em minha pessoa. É uma vergonha inadmissível”, afirmou o deputado.
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio [SP], anunciou que pretende entrar com um mandado de segurança, no Supremo Tribunal Federal [STF] para barrar a decisão da Mesa Diretora da Casa liberando o pagamento de passagens aéreas aos cônjuges dos parlamentares. “É inaceitável que, num momento em que a sociedade é penalizada com o aumento de impostos e alta nos preços, conceda-se esse privilégio aos parlamentares. É um contrassenso. O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares”, afirmou Sampaio, em nota.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha [PMDB/RJ], que autorizou a concessão, afirmou que não pretende utilizar o benefício, e que diante da repercussão negativa, a Mesa Diretora poderá rever a permissão para compra de passagens aéreas para cônjuges dos parlamentares. Cunha lembrou, que a regra que valia até 2009 abria a possibilidade de uso de passagens aéreas por filhos, amigos e correligionários. Depois a regra mudou por causa de denúncias de uso indevido da verba.
Teresa Cristina [Teka]
Agência News com informações da Câmara Federal